domingo, 30 de outubro de 2016

PORTELA 1969 (Sinopse e Ordem de Desfile)

     PORTELA 1969

TREZE NAUS
Sinopse e
ordem de desfile

Hoje, a irmã nação lusa reverencia a epopeia de 1.500 como sua maior ação Histórica.
 
Das grandes navegações, das grandes descobertas do vasto império ultramarino, é por certo o Brasil o mais belo florão; nossa civilização e o prolongamento natural da civilização lusa no Novo Mundo, ainda que enriquecida das características próprias ditadas pela diversidade geográfica de suas regiões naturais.

Não há maravilha maior, milagre mais comovedor e mais famoso do que o que está se operando em Portugal com o reflorescimento da nacionalidade, que em certo momento triste, pareceu haver murchado, perdendo as suas pétalas mais belas em desfolhamento de morte.

A aspiração dos Quinhentistas ao celebrarem os feitos de Pedro Álvares Cabral, imortalizou a alvorada gloriosa do descobrimento do Brasil. Epopéia histórica e epopéia marítima em que palpita a alma de PORTUGAL-BRASIL.

O instinto da raça, acordando, impeliu-a para o relicário das suas glórias, como a Fé, inflamando-se no coração do crente, leva-a ao altar da Pátria.

Reverenciando Pedro Álvares Cabral, ressurgiram todas as grandezas de outrora; e estrondoso e triunfal clamor das tubas, quando viril e de pé, armado e ardente, como nos dias belíssimos em que deixando o solo pátrio, arvorando alto, no punho o pendão das conquistas cingia os mares, levando-o por "terras virgens e mares nunca d'antes navegados..."

Na coragem e audácia do navegante descobridor, tão decantada em prosa e em verso pelo gênio eterno de Luiz de Camões, símbolo e alma da Raça.

É dele que estão saindo os novos dias, dele está dimanando a nova seiva, que se infiltra no solo, que penetra os corações, que se infunde nas almas.

De suas glórias cantam-se as epopéias e delas tiram o calor, que é a vida, com o entusiasmo que a exalta, com a inspiração que embeleza e a torna digna das novas gerações.

O nome de Cabral relembra o repicar dos sinos. Sinos que anunciam os seu feitos heróicos, na glória de suas descobertas.

Por isso, no esplendor cívico desta faustosa homenagem ao Senhor de Belmonte, estamos reverenciando sua memória, exaltando sua marcante e inconfundível personalidade, na viva glorificação da posteridade.

Cabral tinha por símbolo sua fé; por lema... O descobrimento.

Seu nome está inscrito no bronze eterno da gratidão da nação brasileira. A pátina do tempo não conseguiu apagar a sua figura, mas, ao contrário, sua individualidade se avulta ao passar das gerações pelo milagre da ressurreição.

Ordem do Desfile 

- Abre-alas - Timão circundando o globo, com as armas heráldicas de Pedro Álvares Cabral.
- Comissão de Frente - Traje de Gala, relembrando uniforme de Almirante.
- As treze naus - Alas de Baianas, tendo sobre o torso As treze naus.
- Ala das Novidades - Marinheiros em danças coreográficas.
- Ala dos estudantes - Marinheiros estilizados
- Bandeiras dos navegantes 

- Alegoria: Cortejo do Rei D. Manoel, acompanhando o capitão-mor, às margens do Tejo.

- 3ª Porta-Bandeira e 3ª Mestre-Sala (Izabel Gouvêa e Fernão Cabral [Pais de Cabral])

- Grande destaque - Rei D. Manoel (Bolinha) Rainha de Portugal (Odila) Arcebispo de Ceuta (Luiz Carlos).

- Alegoria - O "Altar da Pátria" monumento exaltando a etnia brasileira.

Ala dos Indios, ladeando a alegoria. Baianas em evolução.

- Bateria - Comandada por Betinho (Tecido estampado) com as armas de Portugal.

 
- Passistas - Passos individuais, Trios, exibição de Conjunto. Tijolo - Pelé - Nívea - Vera - Cacilda - Paulete Silva - Elenita - Macaé - Renato - Gerônimo - Mauro Sérgio - Osso - Moisés - Haroldo - Paulo e outros.

- 2° Mestre-Sala e 2ª Porta-Bandeira

Mestre Cantor - Coro (Ala dos Compositores)
- Fidalgos e Damas Nobres - Alas de Destaque: Vasco da Gama - Luiz de Camões - (José Walter Ribeiro da Silva)
Escudos e Brasões - (Figuras de destaque isoladas)

 
- 1ª Porta-Bandeira (Irene) e 1°Mestre-Sala (Zequinha - Grande Destaque)

Guarda de honra - 2 mestre-salas
- Nobres e Fidalgos - Ala dos Príncipes
Destaque - Pero Vaz de Caminha
Rei de Calicute

- Alegoria - Netuno e a Rainha do Mar

- Vestes - (Espargindo pétalas de flores, em papel azul laminado azul e prata).
- Ala de Bailarinos - Exaltação à Glória (Domingos Campos, representando a Glória).
- O insigne descobrir - Pedro Álvares Cabral - senhor de Belmonte, conde de azarrua, capitão-mor, o descobridor.
Bandeira da Ordem de Cristo - Srta. Leda (Tetra-campeã dos jogos da Primavera) - Porta-Bandeira.
- Ala de destaque - Representando os 12 Capitães da Armada de Cabral.

- Alegoria - Vitrais monásticos (Uma concepção artística, fundada nos estilos manuelinos, tendo ao fundo, um vitrô, representando a partida das Treze Naus)

- Ala dos Compositores - Saúda o povo e agradece a manifestação de carinho e os aplausos dedicados ao G.R.E.S. Portela. 

Alegorias: 

Abre-Alas
1° Bandeiras dos Navegantes
2° Altar Pátria
3° O Vitrais Monásticos 

Abre-Alas 

O Globo circundado pelo timão ressaltando as armas de Cabral sobre as ondas do mar revolto, no dístico: - 1500 - Prosopopéia Cabralina - 1969

Bandeiras dos navegantes

1 - Bandeira da Ordem de Cristo
2 - Bandeira das Quinas
3 - Bandeira Pessoal de D. Manoel

Foram estas as bandeiras das grandes navegações; foram as bandeiras de Vasco da Gama, de Afonso de Albuquerque, de Bartolomeu Dias e de Álvares Cabral, que nas velas das "lusas náos gloriosas" também conduziam a cruz vermelha da Ordem de Cristo através dos mares nunca d'antes navegados",. Foram as bandeiras que em 1500 Cabral arvorou na terra do Brasil.

A bandeira da Ordem de Cristo esteve exposta no altar de Belém, durante a missa pontifical que rezou na véspera da partida da frota descobridora. O Bispo de Ceuta benzeu-a e D. Manoel a entregou por suas mãos a Pedro Álvares. Acabada a cerimônia, el-rei, ao lado de Cabral, e todos em solene procissão, acompanham a bandeira arvorada até a praia, onde baloiçavam as caravelas.

As 13 naus - tinham a cruz pintada nas velas, como se vê em todos os desenhos dos séculos XV e XVI, e usavam uma grande variedade de bandeiras, entre os quais o estandarte real, branco com as armas portuguesas; a bandeira branca, com a cruz de Cristo; o pendão das quinas, branco debruado a vermelho, com cinco quinas azuis redondas; bandeiras azuis com cruz branca e as quinas; Guiões e pendões farpados, brancos com a cruz de Cristo; pendões farpados de amarelos, verdes e vermelhos; flâmulas verdes e vermelhas, içadas as três a par no mastro grande e as bizarras divisas e insígnias de cada capitão.

O "Altar da Pátria"

Pequeno monumento, no qual se reúnem num bloco, encimado pela esfera armilar que era o símbolo de Portugal no século venturoso, todas as grandezas de sua História, nos quais se aprumam figuras que deram origem a nossa raça.

Vitrais Monásticos

Maravilha de coluna e de desenhos manuelinos, relembrando os vitrais monásticos, primorosamente trabalhados a vidros coloridos e caprichosas filigranas. É a consagração mais bela da intimidade dos laços que prendem os povos irmãos, o que sendo já hoje indissolúvel, se tornará sempre mais profundo no sentimento da ARTE, da BELEZA e da RAÇA.