segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Antonio Caetano




ANTONIO CAETANO
Um dos fundadores e carnavalesco portelense


Nascido em 10 de setembro de 1900, na Rua Senhor dos Passos, antigo Estado da Guanabara, filho de João Manoel Caetano e Raquel da Silva Caetano.

Estudou no Colégio Salesiano Santa Rosa, em Niterói de 1913 e 1914, foi Aprendiz de Máquinas Fazer no Lloyd Brasileiro, aluno da Escola Manoel Buarque e Comandante Midosi, que pertencia ao Lloyd e hoje Escola da Marinha Mercante. Cursou os dois primeiros anos embarcado e depois assumiria o posto de Maquinista a bordo do Cargueiro Bocaina, em 1919.

Em 3 de dezembro de 1920, ingressou na Escola Naval de Guerra, e já fazendo parte da Marinha do Brasil, começou a trabalhar pela Imprensa Naval, em junho de 1924.


Mestre Monarco, líder da PORTELA e Flavio Caetano (neto de Antonio Caetano)

Seus dotes artísticos começaram a surgir, logo Caetano assumiu o posto de Desenhista da Imprensa Naval. 
Casou-se com Diva e tiveram sete filhos. Diva, jovem moradora de Oswaldo Cruz foi a primeira costureira gratuita da PORTELA, logo Caetano passou a viver intensamente a vida do bairro.




Caetano e Diva

Criador de várias obras (duas delas mostradas abaixo), entre esculturas e pinturas a óleo, Caetano expôs no Museu Nacional de Belas Artes nos anos de 1954,1955 e 1957; No salão Fluminense de Belas Artes em 1954 e 1957; Salão Baiano em 1954 (não concorrendo); No novo Salão Carioca em 1955; Salão do Funcionário Público da Marinha em 1954, ganhando Medalha de Bronze (que nunca recebeu); Primeiro Salão Suburbano de Belas Artes, iniciativa de Club Carnavalesco Mistos de Pás Douradas, de Padre Miguel, conseguindo Menção Honrosa.




Antônio Caetano, foi o introdutor do primeiro carnaval de uma escola de samba no subúrbio, com o primeiro carnaval.

1931: Sua Majestade o Samba, segundo lugar no concurso.
1932: Carnaval Moderno, com primeiro carro alegórico.
1933:  Voando para a glória
1934:  Academia do Samba
1935:  O samba dominando o Mundo (Campeão)

Também, entraria para a história como o primeiro carnavalesco do Carnaval carioca.


Foram de sua autoria os primeiros enredos que a Portela levou para o desfile. De suas mãos surgiu a primeira alegoria de uma escola de samba: um rústico globo terrestre no enredo "O samba dominando o mundo", na grande vitória da ainda "Vai Como Pode" no desfile que entrou para a história como o primeiro desfile oficial, em 1935. Ainda nesse ano, os sambistas de Oswaldo Cruz enfrentaram um impasse na hora de renovar a licença para os desfiles. O delegado Dulcídio Gonçalves não gostava do nome "Vai Como Pode" e só renovaria a licença se o nome fosse trocado. Após uma longa discussão entre Paulo da Portela e seus amigos, o próprio delegado sugeriu o nome que atravessaria fronteiras e entraria definitivamente para a história da arte e da cultura do Brasil: GRÊMIO RECREATIVO ESCOLA DE SAMBA PORTELA, em uma homenagem à rua onde ficava a sede do grupo.

Homenagem (Rufino e Caetano)